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Há pessoas... que tiveram uma vida difícil!..

por antipulhítico, em 28.04.15

 O jornalista Daniel Oliveira
  
"Há pessoas que tiveram uma vida difícil. Por mérito próprio ou não, ela melhorou.
 Mas ficaram para sempre endurecidas na sua incapacidade de sofrer pelos outros.São cruéis.
 Há pessoas que tiveram uma vida mais fácil. Mas, na educação que receberam, não deixaram de conhecer a vida de quem os rodeia e nunca perderam a consciência de que seus privilégios são isso mesmo: privilégios. São bem formadas.
E há pessoas que tiveram a felicidade de viver sem problemas económicos e profissionais de maior e a infelicidade de nada aprender com as dificuldades dos outros. São rapazolas.

Não atribuo às infantis declarações de Passos Coelho sobre o desemprego nenhum sentido político ou ideológico.Apenas a prova de que é possível chegar aos 47 anos com a experiência social de um adolescente, a cargos de responsabilidade com o currículo de jotinha, a líder partidário com a inteligência de uma amiba, a primeiro-ministro com a sofisticação intelectual de um cliente habitual do fórum TSF e a governante sem nunca chegar a perceber que não é para receberem sermões idiotas sobre a forma como vivem que os cidadãos participam em eleições.Serei insultuoso no que escrevo? Não chego aos calcanhares de quem fala com esta leviandade das dificuldades da vida de pessoas que nunca conheceram outra coisa que não fosse o "risco" Sobre a caracterização que Passos Coelho fez, na sua intervenção, dos portugueses, que não merecia, pela sua indigência, um segundo do tempo de ninguém se fosse feita na mesa de um café, escreverei depois. Hoje fico-me pelo espanto que diariamente ainda consigo sentir:
Como é que este rapaz chegou a primeiro-ministro?

A propósito do dito...
Nome: Pedro Passos Coelho

Data de nascimento: 24 de julho de 1964

Formação Académica: Licenciatura em Economia pela Universidade Lusíada (concluída em 2001, com 37 anos de idade)
Percurso profissional: Até 2004, apenas actividade partidária na JSD e PSD
A partir de 2004 (com 40 anos de idade) passou a desempenhar vários cargos em empresas do amigo e companheiro de Partido, Eng.º Ângelo Correia, de quem foi diligente e dedicado moço-de-fretes, tais como:
 

(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2007-2009) Presidente da HLC Tejo, SA;
(2007-2009) Administrador Executivo da Fomentinvest;
(2007-2009) Administrador Não Executivo da Ecoambiente, SA;
(2005-2009) Presidente da Ribtejo, SA;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Tecnidata SGPS;
(2005-2007) Administrador Não Executivo da Adtech, SA;
(2004-2006) Director Financeiro da Fomentinvest, SGPS, SA;
(2004-2009) Administrador Delegado da Tejo Ambiente, SA;
(2004-2006) Administrador Financeiro da HLC Tejo, SA.
E é este homem que:
- Nunca soube o que era trabalhar até aos 37 anos de idade!
- Mesmo sem ocupação profissional, só conseguiu terminar a Licenciatura (numa universidade privada) aos 37 anos de idade!
- Sem experiência de vida e de trabalho, conseguiu logo obter emprego como ADMINISTRADOR!
E se atreve a:
- Falar de mérito profissional e de esforço na vida!
- Pretender dar lições de vida a milhares de trabalhadores deste país que nunca chegarão a administradores de coisa alguma, mas que labutam arduamente há muitos anos, ganhando salários de sobrevivência!
É esta amostra de homem que governa este País!

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ÁGUA SUJA...

por antipulhítico, em 24.04.15

Paulo Morais

 

18.04.2015 00:30

Água suja

Durante anos ouvimos dizer que a água seria o petróleo do século XXI.

Tendo Portugal bastantes recursos hídricos, o futuro apresentava-se risonho, com os portugueses a dispor de água barata e em abundância. Mas, percebe-se agora, a riqueza não vai ser para todos e está em vias de ser totalmente transferida para privados.

Nos últimos anos, foram inúmeros os concelhos que alienaram o negócio da distribuição de água através do mecanismo das parcerias público-privadas. Em Barcelos, em Paços de Ferreira e em muitos outros municípios, os autarcas assinaram contratos ruinosos, garantindo preços elevados na água a pagar pelos consumidores, ao mesmo tempo que se comprometiam a consumos mínimos. Os cidadãos começam então a suportar preços exorbitantes; e, quando o consumo não atinge os valores previstos, as Câmaras assumem os custos, a título de indemnizações compensatórias. Neste modelo, os cidadãos pagam sempre: ou de forma direta, enquanto consumidores, ou indiretamente enquanto contribuintes.

Os novos donos do esquema são os que dominam os negócios das autarquias, os patos bravos: construtores e promotores imobiliários que criaram empresas no setor do ambiente. Agora, garantem rendas fixas num negócio em regime de monopólio.

A agravar tudo isto, alguns contratos são celebrados por prazos obscenos. Em Gaia, a concessão do serviço já vai em vinte e cinco anos e, em Braga, os parceiros privados da AGERE (empresa municipal com competência delegada) têm boas rentabilidades garantidas por cinquenta anos! Temos assim autarcas eleitos por mandatos de quatro anos a comprometer orçamentos municipais por duas gerações!

A machadada final prepara-se, desta feita a nível nacional. O governo quer reduzir o preço da água no interior à custa de aumentos aos consumidores do litoral. Como estes são muitos mais, esta é uma forma disfarçada de aumentar a receita global. Engorda-se assim o negócio e já se avista a privatização no horizonte.

A água, que deveria constituir um serviço público essencial, e é até um direito humano, está pois a transformar-se tão-só num negócio capturado por interesses económicos gananciosos.

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